sábado, 20 de maio de 2017

Deus demonstra o seu amor



                         Por: John Piper  


        Mas Deus prova [demonstra] o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores (Romanos 5.8)

Observe que “demonstra” está no tempo presente e “morrido” está no passado.
O tempo presente indica que essa demonstração é um ato contínuo que permanece ocorrendo no presente de hoje e no presente de amanhã.
O passado “morrido” implica que a morte de Cristo aconteceu de uma vez por todas e não será repetida. “Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus” (1 Pedro 3.18).
Por que Paulo usou o tempo presente (“Deus demonstra”)? Eu teria esperado que Paulo dissesse: “Deus demonstrou (no passado) o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores”. A morte de Cristo não foi a demonstração do amor de Deus? E essa demonstração não aconteceu no passado?
Eu acho que a pista é dada alguns versículos antes. Paulo acabou de dizer que “a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança. Ora, a esperança não confunde” (versículos 3-5).
Em outras palavras, o objetivo de tudo o que Deus nos leva a passar é a esperança. Ele deseja que nos sintamos incansavelmente esperançosos em meio a todas as tribulações.
Mas, como podemos?
Paulo responde na frase seguinte: “porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado” (versículo 5). O amor de Deus “é derramado em nosso coração”. O tempo desse verbo indica que o amor de Deus foi derramado em nossos corações no passado (em nossa conversão) e ainda é presente e ativo.
Deus demonstrou o seu amor por nós ao dar seu próprio Filho para morrer de uma vez por todas no passado por nossos pecados (versículo 8). Mas ele também sabe que esse amor passado deve ser experimentado como uma realidade presente (hoje e amanhã), para que tenhamos perseverança, experiência e esperança.
Portanto, ele não somente o demonstrou no Calvário; ele continua demonstrando-o agora pelo Espírito. Ele faz isso abrindo os olhos de nossos corações para que “provemos e vejamos” a glória da cruz e a segurança de que nada pode nos separar do amor de Deus em Cristo Jesus (Romanos 8.39).
A postagem original. Link

segunda-feira, 3 de março de 2014

Adventismo do Sétimo Dia



História, Principais Doutrinas e Refutações.  
1.1 – A historia do Adventismo
A Igreja Adventista do Sétimo Dia tem suas origens no pregador leigo que era membro da Igreja Batista, William Guilherme Miller. Miller nasceu em 1782 e morreu em 1849. Depois de ter fracassado marcando a volta de Cristo para o dia 23 de março de 1843 se baseando em cálculos históricos dos textos de Dn 8:13-14, nada tendo acontecido na data marcada  por ele, o mesmo disse que errou nos cálculos por ter usado o calendário hebraico, usando agora  o calendário romano remarca a nova data para 22 de outubro de 1844 e mais uma vez não aconteceu, e a multidão enfurecida com o não acontecimento dos fatos, pois muitos tinham deixados seus empregos, vendido propriedades e depois destas duas previsões malsucedidas, Miller é obrigado a fugir. Este dia ficou conhecido como o “Dia do Grande Desapontamento” por terem cumprido as profecias de com relação à segunda vinda de Cristo.
O senhor Miller após estas duas decepções desiste e conforme relato de alguns historiadores ele retornou a comunhão de sua igreja, ele foi o precursor do ensinamento sabatista, embora quem estruturou os fundamentos do adventismo sabatista foi uma senhora de nome Ellen Gold White, que veio a se tornar a profetisa do adventismo sabatista.
1.2 – A Teoria da Purificação do Santuário
Nesse cenário de controvérsias e profecias ditas e não cumpridas surge à pessoa de Hiram Hudson seguidor de Miller, afirmando que a data 22/10/1844 afirmada antes por Miller estava certa, o que não estava certo era o lugar da volta de Jesus, pois Ele tinha ido era ao santuário do céu para purifica- ló e ainda está fazendo e que virá depois a terra, Miller já tinha voltado atrás admitindo seus erros, então surgem tais lideres como Joseph Bates que institui a guarda do sábado e um casal com os nomes de James White e Ellen G.White, exercendo forte influência através de profecias e depois os escritos de Ellen Gold White são considerados pelos adventistas como inspirados por Deus e no mesmo nível da Bíblia Sagrada. Amenizando a teoria do santuário a Sra.White marca mais outras 9 datas para a volta de Jesus, sendo elas 1847, 1850, 52, 54, 55, 66, 67, 68, 77 o que não aconteceu. O que devemos pensar deste sistema doutrinário?
1.3 – Porque do nome Adventista do Sétimo Dia
O termo vem da palavra latina “adventus” que faz alusão aos fatos que prevê a segunda vinda Jesus, e sétimo dia refere-se ao sétimo dia da semana que é o sábado, tendo como referência o quarto mandamento descrito em Êxodo 20:8 Lembra-te do dia de sábado, para o santificar”, seus fundadores fazem a junção das duas palavras para dar o nome a nova seita.       
2.1 - A Guarda do Sábado Uma Heresia
A guarda do sábado ganhou destaque com Ellen G. White, que diz ter uma suposta visão da arca onde estava em destaque o quarto mandamento da lei mosaica.
2.2 – Jesus Não Recomendou à Guarda do Sábado
Na nova aliança não temos indicação para um dia específico para descanso. Mc 2:27-28 diz “Acrescentou: O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado; assim o Filho do homem é senhor até do sábado”. Nosso sábado é Cristo, nele somos suficientes.
2.3 – Pelo Menos 10 Razões Para Não Guardarmos o Sábado
¹ 1. Jesus ressuscitou dentre os mortos no primeiro dia da semana. (João 20.1).
2. Jesus apareceu a dez de seus discípulos naquele primeiro dia da semana. (João 20.19).
3. Jesus esperou uma semana, e no outro primeiro dia da semana apareceu aos onze discípulos. (João 20.26).
4. A promessa da vinda do Espírito Santo cumpriu-se no primeiro dia da semana — no dia de Pentecoste, que pela lei caía no primeiro dia da semana. (Levítico 23.16).
5. No mesmo primeiro dia da semana foi pregado pelo apóstolo Pedro o primeiro sermão evangelístico sobre a morte e ressurreição de Jesus. (Atos 2.14).
6. Nesse primeiro dia da semana os três mil conversos foram unidos à primeira ecclesia neo-testamentária. (Atos 2.41).
7. No mesmo primeiro dia da semana o rito do batismo cristão em nome do Pai, Filho e Espírito Santo, foi administrado pela primeira vez. (Atos 2.41).
8. Em Trôade os cristãos reuniam-se para o culto no primeiro dia da semana. (Atos 20.6-7).
9. Paulo instruiu os cristãos em Corinto a fazer contribuições no primeiro dia da semana. (I Coríntios 16.2).
10. No primeiro dia da semana Cristo veio ao apóstolo João na Ilha de Patmos. (Apocalipse 1.10).

3.1 – As Principais Heresias do Adventismo
O destino final dos ímpios, creem os Adventistas que serão aniquilados, contrariando Marcos 9:43-44 Ou, se o teu olho te fizer tropeçar, lança-o fora; melhor é entrares no reino de Deus com um só olho, do que, tendo dois olhos, seres lançado no inferno. Onde o seu verme não morre, e o fogo não se apaga”.
3.2 – Juiz Investigativo
Este ensino adventista diz que Jesus não completou concretizou a obra salvadora na cruz, pois dizem que só em 1844 Jesus Cristo entrou no santuário para purifica-lo concretizando a obra salvadora, fazendo assim negam que o sacrifício de Cristo não foi eficaz, estão em contradição com Hb 9:24 “Pois Cristo não entrou num santo lugar feito por mãos de homens, figura do verdadeiro, mas no mesmo céu para agora aparecer diante de Deus por nós;”.
3.3 – O Sono da Alma
Outra heresia adventista é que o ser humano ao morrer a sua alma fica em estado de sono e em completa inatividade e sem consciência, tomam por base Ec 9:5 “Pois os vivos sabem que hão de morrer; mas os mortos não sabem coisa alguma, nem tão pouco têm daí em diante recompensa, porque a sua memória fica entregue ao esquecimento”. O texto está afirmando que os mortos não sabem nada do que se faz debaixo do sol o versículo 6 explica o próprio versículo anterior. A parábola do Rico e Lázaro em Lc 16:19-31 é a resposta mais clara da consciência da alma dos mortos.
Conclusão
A própria bíblia desmentem os adventistas apesar de eles afirmarem que a bíblia é sua principal regra de fé e prática. O sabatismo não é ao contrário do que muitas pessoas pensam uma denominação com a diferença das outras de tradição cristã que só guardam o sábado é uma seita que mistura erros com verdades. Mais informações sobre os Adventistas são encontradas via internet no blog Cinco Solas de autoria do Irmão Clovis Gonçalves no endereço http://cincosolas.blogspot.com.br/, inclusive muitas refutações e dados de acontecimentos recentes envolvendo os principais defensores das doutrinas Adventistas.
 
Bibliografia
Araújo, Ubaldo Torres de. Igreja de Vidro. Livro Disponível na Internet Via

Bíblia de Estudo Apologética. São Paulo, ICP Editora e Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 2000.

Cabral, J. Religiões, Seitas e Heresias A Luz da Bíblia. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Universal Produções, 1986.

Do Rosário, Joabes Rodrigues. Religiões, Seitas e Heresias. Revista da EBD. 1º Trimestre de 2014. Rio de Janeiro: Editora Betel, 2014.

Leite Filho, Tácito da Gama. Heresias, Seitas e Denominações: o fenômeno dos movimentos religiosos – uma avaliação histórico-teológica. 2ª Ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1995.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

As Testemunhas de Jeová

1. Breve História das Testemunhas de Jeová.

Charles Taze Russell nasceu em 1852 e faleceu em 1916, era estudioso da Bíblia, e juntamente com um grupo de estudiosos organizou uma associação chamada "Estudantes Internacionais da Bíblia" (desde 1931, chamadas de Testemunhas de Jeová).
Era o segundo filho de pais presbiterianos e de descendência escocesa irlandesa, foi influenciado pelos seus pais que tinham fortes inclinações religiosas.  Por um tempo o jovem Charles foi um estudante da Bíblia e logo depois aderiu a Igreja Congregacional, por achar que esta denominação tinha seus conceitos mais liberais que os presbiterianos que era a sua origem e a de seus pais.
Russell sentia-se perturbado com certas doutrinas religiosas geralmente aceitas. Em especial se preocupava com as doutrinas do inferno de fogo literal e da predestinação pessoal. Arrazoava ele: "Um Deus que usasse seu poder para criar seres humanos, os quais sabiam de antemão e predestinara que fossem eternamente atormentados, não poderia ser sábio, nem justo nem amoroso”.
Russell foi educado por pais muito religiosos, e desde pequeno, tinha uma grande inclinação espiritual, mas em 1869, aconteceu algo que restaurou sua então abalada fé. Ao ouvir a pregação na Igreja Cristã do Advento, diz que a sua fé então abalada foi restaurada, e embora a exposição não fosse clara foi o suficiente para restaurar a sua abalada fé e então declara estar eternamente em divida com os Adventistas e com as outras denominações por restaurar a sua fé na inspiração divina da Bíblia e por mostrar que os escritos dos apóstolos e dos profetas estão indissoluvelmente vinculados. Segue as próprias palavras de Russell “O que ouvi me fez voltar à minha Bíblia para estudá-la com mais zelo e cuidado do que nunca antes, e serei sempre grato ao Senhor por esta orientação; pois, embora o adventismo não me tenha ajudado em nenhuma verdade específica, ajudou-me grandemente a desaprender erros, e assim me preparou para a verdade”.

1.1 - As Testemunhas de Jeová no Brasil.
As Testemunhas de Jeová chegaram ao Brasil em 1920 através de oito marujos que se converteram em Nova York, e na atualidade já contam com mais de 1.800.000 seguidores. 
1.2 - Crenças das Testemunhas de Jeová.
Em algumas áreas as Testemunhas de Jeová acreditam nas mesmas coisas que cristãos ortodoxos acreditam, tais como o sexo fora do casamento, o criacionismo bíblico se opondo a teoria da evolução, acreditam que a bíblia é a palavra inspirada de Deus, mas em muitas outras áreas são marcados como praticantes de culto pseudocrístão.
Armangedom; Em breve Deus vai travar uma guerra com a humanidade para destruí-los e só as Testemunhas de Jeová serão poupadas e as igrejas cristãs serão as primeiras a padecer.
Transfusão de Sangue; Para as Testemunhas de Jeová receber a transfusão de sangue é um pecado tão grave que chega ser mais sério que roubar ou adulterar.
Cristianismo; Afirmam que o cristianismo verdadeiro desapareceu da terra com a morte dos doze apóstolos, e só foi reestabelecido através de Russel com a fundação da Sociedade Torre de Vigia em 1870.
Jesus Cristo; Na teologia das Testemunhas de Jeová Jesus Cristo é um mero anjo que foi criado por Deus como os outros anjos, eles O chamam de Miguel o arcanjo, embora chamarem Jesus de O Filho do Homem.
A Volta de Cristo; O senhor Jesus voltou invisível no ano de 1914, e tem governado como Rei através da Sociedade Torre de Vigia.
Sobre o Céu; somente 144 mil irão para o céu, pois este pequeno rebanho começou com os doze apóstolos e o número foi completo e 1935 e o restante dos salvos reinarão com Jesus para sempre na terra.
Sobre o Inferno; Segundo Charles Taze Russell o hades é meramente uma sepultura e o fogo Geena consome suas vítimas por completo e a não a consciência para os mortos até a ressurreição corpórea.
Sobre Deus; Somente o Pai é Deus, e seus verdadeiros adoradores são devem chamá-los de JEOVÁ.
Sobre a Cruz; A cruz é um símbolo religioso pagão adotado pela igreja quando satanás assumiu o controle da autoridade eclesiástica, a cruz não teve nada a ver com a morte de Jesus, sustentam que Jesus foi pregado em um poste ereto.
Sobre o Espírito Santo; O Espírito Santo não é nem Deus nem uma pessoa, é meramente uma “força ativa” que Deus usa para fazer a sua vontade.
Sobre a Trindade; Negam a doutrina da trindade pelo fato da palavra trindade não estar explicita nas escrituras sagradas (Gn1:26,27).
Sobre a Salvação; Pregam a salvação pela fé em Cristo, mas que é impossível de ser alcançada sem ser participante ativo e obediente nos programas e trabalhos da Sociedade Torre de Vigia.
Sobre a Ressurreição; Elas negam a ressurreição carnal de Cristo, acreditam que Ele se tornou um ser inexistente, após três dias Cisto foi assunto a céu como um espírito ou um anjo.
Sobre Comemorações dias Santos; Dias patrióticos, aniversários, dia dos pais, dia das mães, páscoa, ano novo, são expressamente proibidos de celebrar ou comemorar e até enviar um cartão de felicitações pela data, são considerados de origem pagã.
Sobre a Sociedade Torre de Vigia; Acreditam que Deus a estabeleceu como canal de comunicação para reunir aqueles dentre a humanidade que serão salvos.
1.3 – Modificação e Ausência de Textos na Tradução do Novo Mundo.
Modificação de João 1:1,2 - Contrariam todas as demais traduções para não admitirem a divindade de Jesus, negando que Jesus é Deus, anulando a mensagem Cristocêntrica da bíblia sagrada (1Jo 5:20).
Ausência do texto de Atos 8:37 – Aparece apenas um traço, negando o meio do ser humano ser salvo, não aceitando a divindade de Jesus Cristo.
Ausência do texto de Marcos 9:44,46 – É outro versículo como mais uma infinidade de outros versículos que aparecem somente um traço, estes no caso de negarem a existência do inferno, pois não acreditam no mesmo.
1.4 – As Falsas Profecias das Testemunhas de Jeová.
Russell após alguns cálculos baseados no livro de Daniel profetizou a vinda de Jesus para o ano de 1914, mas não ocorreu refez os cálculos e marcou para o ano de 1915, o que também não aconteceu e remarcou para 1918.
Com a morte de Russell em 1916 o sucessor direto foi Joseph Franklin Rutherford refez os cálculos e marcou o ano de 1925 como início do milênio o que também não se ocorreu.
Conclusão
Os Testemunhos de Jeová é uma seita treinada para confrontar os ensinos da bíblia sagrada, negam algumas das principais doutrinas que são fundamentais no cristianismo por isso usam uma tradução própria da bíblia e proíbem que seus seguidores tenham contato com qualquer outro tipo de literatura do cristianismo.
 1.5 - Literatura Sobre as Testemunhas de Jeová.

Provas Documentais - Como Responder as Testemunhas de Jeová Vol I e Testemunhas de Jeová - Comentário Exegético e Explicativo II- por Esequias Soares da Silva.

Testemunhas de Jeová Comentário Exegético e Explicativopor Esequias Soares da Silva.

Co-pastor da Assembléia de Deus de Jundiaí, trabalhou no ICP (Instituto Cristão de Pesquisas).

As Testemunhas de Jeová Refutadas Versículo por Versículo - por David A.Reed.

Foi ancião e ministro presidente entre as Testemunhas de Jeová, e agora é diácono da Igreja Batista.

Bibliografia:

Reed, David A. As Testemunhas de Jeová Refutadas Versículo por Versículo. 3ª Ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1990.

Da Silva, Esequias Soares. Testemunhas de Jeová Comentário Exegético e Explicativo. 1ª Ed. Jundiaí- São Paulo: ETEQS, 1991.

Do Rosário, Joabes Rodrigues. Religiões, Seitas e Heresias. Revista da EBD. 1º Trimestre de 2014. Rio de Janeiro: Editora Betel, 2014.

Cabral, J. Religiões, Seitas e Heresias A Luz da Bíblia. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Universal Produções, 1986.


Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados. Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas. 1ª Ed. Cesário Lange – São Paulo, 1986.

terça-feira, 24 de abril de 2012

A Escatologia e as Duas Testemunhas


Introdução

O que é Escatologia? Apesar de o termo só ser usado a partir de 1844. O termo deriva de duas palavras gregas eschatos = último; lógos = tratado, estudo e significa a ciência das ultimas coisas ou doutrina das ultimas coisas.     


Ao estudar escatologia nos deparamos com muitas interpretações dos livros que são chamados de escatológicos, sendo eles livro de Daniel, Apocalipse, Zacarias e Mateus cap.24 e I e II Tessalonicenses dentre outras passagens que são interpretadas de forma isoladas em outros livros que não foram citados acima, porem vamos estudar somente as três posições principais defendidas pela cristandade ao longo dos anos, em especial as tradições protestantes.

O problema todo gira em torno do capitulo 20 de Apocalipse, como será à volta de Cristo, o milênio, o juízo final e a nova Jerusalém.

O livro de Apocalipse é um livro cheio de figuras de linguagem a pode causar e tem causado muita discórdia e discussão entre os cristãos e para muitos se constitui em um paradoxo, mas se alguém não crê em nenhum milênio literal sobre a Terra, mas no milênio celestial, tal pessoa ainda crê num milênio.

 Amilenismo

A primeira posição que iremos estudar é a posição mais aceita e defendida pela uma infinidade de teólogos tradicionais e de renome, para estes esta é a posição mais coerente com as escrituras dentro da escatologia, entre os que a defendem temos D.M. Lloyd-Jones, Wayne Grunden, Loraine Boetner, A.W. Pink (este antes era dispensacionalistas), Hank Hanegraaff e o pastor batista brasileiro Harald Schaly e foi um grande defensor do amilenismo histórico entre os cristãos tupiniquins. Amilenismo significa literalmente não há milênio, pois crê que não haverá milênio, pelo menos da forma literal como crêem os pré – milênistas dispensacionalistas, pois não encontram base bíblica para um milênio literal para os que ficarem na terra na grande tribulação.

O Amilenismo crê que a igreja passara por grande tribulação antes do seu arrebatamento. Os amilenistas excluem qualquer idéia de um rapto secreto da igreja inaugurando um reino milenar com Cristo e sua igreja, pois a possibilidade de vir a ter um milênio literal na terra com muita paz e longevidade após a segunda  vinda do Senhor Jesus é excluída pelo ensino do Novo Testamento, sendo o milênio totalmente simbólico e não literal como pensam os pré–milênistas dispensacionalistas. Crêem que haverá o arrebatamento seguindo-se a ressurreição de crentes e descrentes, julgamento final e o estado eterno. Segue abaixo a  representação gráfica da posição amilenista, é a mais simples de se entender como ilustrada pela figura.


 Pós- Milênismo

Para muitos o Pós-milênismo tem sido muito difícil de distinguir do Amilenismo e ambos têm pontos em comum, maior diferença está em o pós-milênismo ser muito otimista em relação ao avanço do evangelho e o crescimento da igreja, pois esta com o uso da pregação evangelho influenciarão pessoas significativas em toda a sociedade que agirão conforme os padrões divinos e gradativamente virá uma era milenar de paz e justiça para todos e esse milênio durará por longo período na terra, não necessariamente os mil anos literais, e por fim Cristo virá e os crentes e descrentes ressuscitarão, seguindo-se o juízo final com um novo céu e uma nova terra e entraremos no estado eterno. Crêem os pós-milenistas que o reinado de Cristo na terra será ausente e não presente, as profecias apocalípticas para os pós- milênistas são mais simbólicas que literais, assim também crêem os amilenistas. Pós- milenismo significa “depois” a tradução literal significa depois do milênio.
Conforme o exposto a posição pós-milenista não é muito difícil de distinguir da amilenista visto que esta tem um conceito muito otimista concernente à volta de Cristo já é bastante significativa e bem diferente da amilenista e não é difícil de distinguir uma posição da outra.  Dentre os pós- milênistas mais destacados encontramos Vincent Cheung, Kenneth L. Gentry, Jr, R. C. Sproul e Iain Murray. Segue abaixo a  representação gráfica da posição pós-milenista.



 Pré- Milênismo Dispensacionalista

O pré- milênismo tem suas origens na igreja primitiva, pois esta era a interpretação da igreja do 1º século, eles acreditavam que os mil anos de Apocalipse seriam introduzidos no futuro, originando o Quiliasmo, vem do grego “chilioi” com significado de “mil”, essa era doutrina imaginativa sobre o milênio, muito popular durante o período de perseguição da igreja primitiva, pois se esperava uma reviravolta da igreja ante os acontecimentos, tais como algo de sobrenatural nos eventos, como o expandir do evangelho por toda terra, os cataclísmas e as hecatombes, os cristãos do primeiro século esperavam a volta de Cristo o mais breve possível. O termo quiliasmo foi substituído pela designação “pré- milenismo”, veja a figura representativa abaixo.


O termo “pré” de pré- milenista significa “antes”, isto significa que Cristo irá voltar para arrebatar a igreja e implantará o milênio. O pré- milenismo dispensacionalista é uma designação nova dentro da teologia histórica, surgiu nos últimos 200 anos da história da igreja através de uma revelação de uma senhora freqüentadora da igreja do Pastor escocês Edward Irving e sistematizada por J. N. Derby considerado o pai do dispensacionalismo moderno. Ministro anglicano que em 1882, desiludido com a frouxidão espiritual da Igreja, juntou-se a outro grupo religioso chamado Movimento dos Irmãos. Darby tinha uma mente brilhante, autor de mais de 50 livros e em 1848, tornou-se o líder do movimento denominado Os Irmãos, com tanto brilhantismo Darby desenvolveu uma elaborada filosofia da História na qual ele a dividiu em 7 eras ou dispensações que Deus usara para a redenção do homem.


Porque dispensacionalista?


O termo dispensacionalista vem de dispensação, e faz referência à mordomia ou à administração de tarefas como dissemos acima, Deus administrou ou administrará em 7 dispensações para a recuperação do homem e cada uma delas de formas diferentes como segue abaixo.
Crêem os dispensacionalistas que Deus administra o plano de salvação e recuperação do homem em 7 dispensações. Já a palavra pré- milenismo 
1º A da Inocência ou Santidade Gn 1:28 – 3:6
2º A da Consciência Gn 3:16 – 8:14
3º A do Governo Humano Gn 8:15 – 11:9
4º A da Promessa ou Patriarcal Gn 11:10 – Ex 19:8
5º A da Lei Ex 19:9
6º A da Graça ou Igreja At 2:1 – Ap 3:22
7º A do Milênio ou Reino (Israel Restaurado – Ap 20:4)
Os pensadores pré- milenistas dispensacionalistas na sua grande maioria, sempre defendem a interpretação literal das escrituras se autodenominam fundamentalistas e defendem a bíblia em português na versão João Ferreira de Almeida Corrigida Fiel a (ACF). Segue abaixo a  representação gráfica da posição pré-tribulacional-dispensacionalista.



Quem são as duas testemunhas de Apocalipse 11?

As duas testemunhas são citadas no capitulo 11: 1-14 e sobre esta passagem argumentam os estudiosos que não é de difícil interpretação, outros já dizem que não, pois os versículos de 3 a 6 nos dão as características de como elas serão, então devemos dar nomes sim diante destas questões e nomes daí surge a pergunta, quem são as duas testemunhas afinal?
Existem três casos misteriosos a serem estudados como possíveis testemunhas.

1-Moisés
2-Elias
3-Enoque

A) Os pré- tribulacionistas dispensacionalistas em sua maior parte defendem que é Enoque e Elias e usam como base em Hebreus 9:27 “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo,...”. Para o pré- milênismo dispensacionalistas  porque se fosse Moisés e Elias,  o principio divino seria violado, porque Moisés ao contrario de Elias já morreu uma vez. E conforme Ap 11:7 “as duas testemunhas vão ser mortas” E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra, e os vencerá, e os matará ““.
Então seriam Enoque e Elias porque os dois são os dois únicos homens no plano de salvação que não morreram eles foram arrebatados, Hb 11:5 “Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte, e não foi achado, porque Deus o trasladara; visto como antes da sua trasladação alcançou testemunho de que agradara a Deus”. E Elias foi levado por redemoinho II Rs 2:11 “E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho”.

B) Agora os amilenistas e pós- tribulacionistas já defendem Moisés e Elias por interpretarem o livro de apocalipse não literal, mas simbólico porque entendem que apocalipse deve ser entendido à luz dos demais livros da Bíblia. O Livro traz uma mensagem de estimulo aos cristãos que estão sob grande pressão garantindo que os inimigos seriam destruídos e que no final Deus triunfaria então são duas figuras alegóricas que correspondem à totalidade do Antigo Testamento formado pela Lei e os Profetas.
Moisés representa a lei e Elias representa os profetas, Jesus se referiu à lei e aos profetas como suas testemunhas “Examinais as Escrituras,(Lei e os Profetas) porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim”.  Jo 5:39 e o apóstolo Paulo fala melhor ainda em Rm 3:21-22,29 “Mas agora se manifestou, sem a lei, a justiça de Deus, tendo o TESTEMUNHO DA LEI E DOS PROFETAS. Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos ( e sobre todos ) os que crêem. Não há distinção (...) É Deus somente dos judeus? Não o é também dos gentios? Também dos gentios, certamente”.

 Eles usam o episódio do monte da transfiguração falando com ele dois homens, na qual Pedro ao falar em II Pd 1:16- 19a "Não vos fizemos saber o PODER e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas, mas nós mesmos vimos a sua majestade. Pois ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando da magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho Amado, em quem me comprazo. Nós mesmos ouvimos esta voz vinda do céu, estando nós com ele no monte santo. E temos ainda mais firme a PALAVRA DOS PROFETAS...”, Pedro tinha em mente a lembrança do momento vivido no monte, porque o judaísmo apostata tinham desprezado a Lei e os Profetas dando ouvidos ao talmude e as tradições rabínicas.
E logo após a ressurreição de Jesus iam dois discípulos a caminho de Emaús e Lc 24:13-16,44 e conversando sobre tudo que havia sucedido e Jesus se aproximou e ia com eles e eles não conheciam à Jesus “E eis que no mesmo dia iam dois deles para uma aldeia, que distava de Jerusalém sessenta estádios, cujo nome era Emaús.
 E iam falando entre si de tudo aquilo que havia sucedido.
 E aconteceu que, indo eles falando entre si, e fazendo perguntas um ao outro, o mesmo Jesus se aproximou, e ia com eles. Mas os olhos deles estavam como que fechados, para que o não conhecesse, então Jesus lhes disse: São estas as palavras que vos falei estando ainda convosco, que era necessário que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. “Então abriu lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras” Lc 24:44-45.

Conclusão

Para entendermos as escrituras temos que interpretar a própria sempre a luz da própria escritura, e o maior problema dentro do evangelicalismo é que somos biblicamente analfabetos, pois se não tivermos familiarizado com o texto in loco nos apaixonaremos por todo engano que aparecer, e sempre aparecem os enganos, pois devido ao nosso analfabetismo bíblico, tem se procurado a devida interpretação das escrituras sem o devido cuidado. Alem de ter muita espiritualização de textos bíblicos, ou seja espiritualizamos algo que não é espiritual e não espiritualizamos e que tem que ser espiritual.
Método LEGADO (LEGACY) de Hank Hanegraaff para entender os livros da bíblia

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Bibliografia

GRUDEM, Wayne A. Teologia Sistemática
Hanegraaff, Hank. O Código da Biblía. Edição Eletrônica disponível em http://www.monergismo.com/textos/preterismo/descubra-biblia-final_Hanegraaff.pdf.
HOEKEMA, Anthony. A bíblia e o futuro. 1ª edição São Paulo. CEP, 1989.
GRIER, W.J. O maior de todos os acontecimentos. 2ª edição Campinas. LPC, 1987.
SCHALY, Harald. Breve história da escatologia cristã. 2ª edição Rio de Janeiro. Juerp, 1992.
_____________. O pré- milenismo dispensacionalista à luz do amilenismo. 2ª edição Rio de Janeiro. Juerp, 1987.
PINK, A.W. Dispensacionalismo uma analise. 1ª edição São Paulo. Editora PES, 2007.
SILVA, Severino Pedro da. Apocalipse versículo por versículo. Edição eletrônica disponível. Em www.semeadoresdapalavra net.

Franciney R. da Silva
EBD Igreja Evangélica Assembléia de Deus do Jardim Elba S.P




terça-feira, 24 de maio de 2011

Pastor Defende Casamento Gay


Depois de tantas polêmicas que envolvem o pastor Ricardo Gondim, finalmente mais uma, só que esta lhe custou a descontinuidade de colunista de uma das mais tradicionais revistas protestante do Brasil, a Revista Ultimato com sede em Viçosa no estado de Minas Gerais.
Há tempos o pastor vem se envolvendo em questões nada ortodoxas dentro do cristianismo protestante, recentemente em entrevista concedida a Gerson Freitas Jr da revista Carta Capital, intitulada de “O Pastor Herege”, Gondim diz que “Sou a favor. O Brasil é um país laico. Minhas convicções de fé não podem influenciar, tampouco atropelar o direito de outros”. E  solta outras perolas como “Deus nos Livre de um Brasil Evangélico” já citado por ele anteriormente em outro artigo seu, segue a entrevista. Aqui.
E depois de estas e outras já citadas pelo dito “Pastor Herege” a direção da Revista Ultimato resolveu dar um ultimato a sua coluna que mantinha na revista, pedindo que ele a descontinuasse coluna esta que ele vinha ecrevendo a quase vinte anos ininterruptos, leia a sua declaração. Clique Aqui.
Judas v 3.
“Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos”.