segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

A Vox Dei, na Pregação da Palavra


Em seu comentario de Isaias, ele afirma que na pregação “A palavara sai da boca de Deus de tal maneira que elea sai, de igual modo, da boca de homens; pois Deus não fala abertamente do céu, mas emprega homens como seus instrumentos, a fim de que, pela agencia deles, possa fazer conhecida a sua vontade”.

 

Para Calvino, a leitura e a meditação privadas das escrituras não substituem o culto público, pois, “Entre os muitos nobres dons com os quais Deus adornou a raça humana, um dos mais notaveis é que ele condescende em consagrar bocas e linguas de homens para o seu serviço, fazendo com que asua própria voz seja ouvida neles”.


Por essa razão, argumenta Calvino, “Quem despreza a pregação despreza a Deus, porque ele não fala por novas revelações do céu, mas pela voz de seus ministros a quem confiou a pregação da Sua Palavra”.




Grifo nosso.


Extraído em partes da revista FÉ PARA HOJE nº35 – Nov/2009 pags 4-10, com o Título “João Calvino e a pregação das Escrituras de autoria o Pastor Franklin Ferreira”.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

O Inferno é Desproporcionalmente Severo?

Eis a primeira: acaso os sofrimentos do inferno, tanto em sua duração como em sua severidade, não são desproporcionais as ofenças? Será justo que os seres humanos sejam punidos por seus pecados tão terrivelmente e para todo o sempre? Como podemos evitar acusar Deus de injustiça neste ponto? Será qua a pena não ultrapassa o peso do crime?.... ....Devemos lembrar que os que estão no inferno continuam a pecar, incorrendo em mais culpa por toda a eternidade. A sentença divina é: (quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo suje ainda) Apocalipse 22:11. Como John L. Dagg o expressa,“O pecador não se torna inocente por ser confirmado no pecado... A condição futura dos ímpios é terrível principalmente porque eles são abandonados por Deus e por Ele deixados ao pleno exercício e a plena influencia das suas paixões impuras, e ao conseqüente acúmulo da culpa para todo sempre”. Noutras palavras, os que estão no inferno tornam-se cada vez mais culpados e acumulam cada vez mais pecado, o que merece crescente punição. Depois de incontáveis eras eles terão que responder por mais do que quando foram condenados pela primeira vez. Mas a prova final da gravidade do pecado e da justiça das penas eternas é dada pela cruz de Cristo. Ouça de novo o que Dagg diz: “Se a ira e a condenação fossem coisas triviais, o fato de Deus enviar Seu filho único ao mundo e de lançar os nossos pecados sobre ele, e todos os expedientes adotados para libertar-nos destes males considerados insignificantes, seriam indignos da sabedoria divina”. Você percebe o argumento? Se o pecado é trivial, uma questão relativamente pequena, teria Deus enviado Seu Filho para lidar com ele? Se fosse fácil expiar o pecado, se uma penalidade leve fosse suficiente para compensá-lo, que desperdício seria derramar o precioso sangue do Unigênito! Dagg continua: “O poder da ira de Deus a inteligência finita não pode conceber; mas Deus o entende bem, a estimativa completa disto foi feita nos profundos conselhos que projetaram o esquema da salvação”. É inacreditavel que o sapentissimo Deus triúno planejasse e oferecesse um tão estupendo sacrifício de Si mesmo a fim de remover um mal meramente finito. A morte de Cristo no calvário é incompativel com um entendimento limitado da culpa do pecado. W. G. T. Shedd mostra um profundo discernimento quando comenta: “A doutrina da expiação vicária de Cristo logicamente fica de pé ou cai com a das penas eternas”. Falemos com clareza. Se perdermos a realidade do inferno, acabaremos perdendo a da cruz, pois, se não houver inferno, não haverá razão de ser para a cruz. Jesus não precisaria ter vindo e ter sido feito maldição pelo pecado. Ele não precisaria ter experimentado o horror do desamparo do Pai. A cruz e o inferno ficam de pé ou caem juntos. O inferno é algo extremo, mas o é porque o pecado é algo extremo e porque medidas extremas foram tomadas para a nossa salvação. Não podemos contemplar a maravilhosa cruz, meditar no que o Salvador sofreu e afirmar que o inferno é uma inadequada punição do pecado. Extraído do livro (Depois da Morte o Que? Ensino Bíblico Sobre O Céu O Inferno, Edward Donnelly - Editora PES, pgs 42,44 e 45). Itálicos e grifos nosso